Conheça as propriedades do ômega-3 que ajudam os mecanismos anti-inflamatórios do nosso corpo e saiba como potencializar seus efeitos.
Quem procura por anti-inflamatório natural, pode encontrar o ômega-3 em listas de nutrientes poderosos que ajudam a prevenir e a lidar com a inflamação.
Entenda por que esse lipídio tão conhecido por estar na composição de óleos de peixes e crustáceos pode ajudar o organismo diante de processos inflamatórios.
Ômega-3 e a inflamação crônica
Antes de entrarmos no tema, é interessante pontuar de qual tipo de inflamação estamos falando. Isso é importante para compreender como o ômega-3 auxilia a nossa saúde.
Há dois tipos de inflamação, a aguda e a crônica. A aguda costuma ser de curto prazo e pode ser tratada localmente. Um bom exemplo é quando você se machuca, como um corte no dedo. O sistema imune reage prontamente para proteger o organismo direcionando células inflamatórias para promover a cicatrização.
Já a inflamação crônica acontece quando o corpo segue “enviando” células inflamatórias por mais que não esteja diante de nenhuma lesão ou condição adversa. Costuma ser uma inflamação latente e constante.
Ainda, a inflamação crônica pode surgir por diferentes situações, como uma inflamação aguda que não tenha sido tratada, doenças autoimunes e pela exposição a toxinas e à poluição. Além disso, existem fatores relacionados ao estilo de vida que podem facilitar o surgimento da inflamação, como excesso de bebidas alcoólicas, estresse crônico, obesidade, entre outros.
Nesse contexto, saiba que quando o ômega-3 é considerado como anti-inflamatório, estamos falando da inflamação crônica.
A inflamação crônica pode surgir da evolução de uma inflamação aguda, ou de causas mais sutis que podem contribuir com essa condição, como uma dieta desequilibrada, o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, a privação crônica de sono, um estilo de vida sedentário e até mesmo do desgaste físico, que pode ocasionar lesões em atletas e idosos.
Mas, a boa notícia é que mudanças no estilo de vida e algumas estratégias, como a ingestão de nutrientes com potencial anti-inflamatório, colaboram para lidar com essa inflamação, apoiando tratamentos clínicos quando o quadro inflamatório já existe, ou ajudando a preveni-lo.
A atuação do ômega-3 em processos inflamatórios
O ômega-3 é uma gordura e faz parte do time daquelas consideradas saudáveis. Entre os ácidos graxos do ômega-3 que favorecem processos anti-inflamatórios, podemos destacar o EPA, que muitos estudos evidenciam o seu auxílio para manter os níveis saudáveis de triglicerídeos e para otimizar a saúde cardiovascular.
Os ácidos graxos do ômega-3 ajudam no controle da inflamação por meio da sua capacidade de reduzir as citocinas inflamatórias, que são a chave para a resposta inflamatória do corpo.
Em casos que merecem destaque, o ômega-3 pode cruzar a barreira que “controla” a passagem de substâncias que estão no sangue para o sistema nervoso central e ajudar a diminuir a inflamação associada à doença de Alzheimer, e também reduzir o risco de AVC.
Reparação antioxidante
Ainda, o ômega-3 colabora com a reparação de danos causados nas estruturas celulares. Esses danos são provocados pelos radicais livres, que oxidam os ácidos graxos da membrana celular, o DNA e as proteínas das células. Esse mecanismo, chamado de estresse oxidativo, pode ser o gatilho para a inflamação.
Anti-inflamatório e manutenção dos músculos para quem treina
Até os atletas passaram a incluir o ômega-3 em suas dietas pelas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e até mesmo benéficas para a manutenção dos músculos, conforme relatado em algumas pesquisas.
Fonte: https://www.essentialnutrition.com.br